Antes de abrir uma empresa e escolher o ponto, os serviços e produtos que vai oferecer, a decoração do estabelecimento e contratar sua equipe, o empreendedor não pode dar mais um passo sem antes fazer o seu plano de negócios. A falta de planejamento é uma das principais causas da falência prematura de muitos empreendimentos no país. Não adianta sonhar com o sucesso. Ele precisa ser arquitetado.
Todo bom plano de negócios precisa ser claro e objetivo, com aspectos e análises corretas e metas definidas, pois é isso que vai guiar você na tomada de decisões mais críticas que certamente vão surgir no horizonte. O site Gera Negócio explica o passo-a-passo na montagem de um plano de negócios para os empreendedores de primeira viagem. Confira.
1. Conceito do negócio
Primeiro, é necessário que o empreendedor tenha a definição clara das características do novo negócio. O conjunto dessas características recebe o nome de conceito de negócios, que nada mais é do que a sua ideia, porém mais detalhada. Para conseguir definir esse conceito, o novo empresário precisa fazer algumas análises como de mercado em que ele pretende atuar, como concorrência e sistemas de organização e produção. Ele precisa também tomar algumas decisões sobre o público que ele quer atingir e divulgação, além de preços e os diferenciais da empresa. Esse conjunto de coisas fará a identidade do futuro empreendimento e, à medida que as decisões forem sendo tomadas, conforme a competição do mercado, o conceito de negócio vai ganhando detalhes. (Algo parecido com o Project Charter do PMBOOK).
2. Funções fundamentais do negócio ( Algo parecido com a WEP)
Em qualquer novo negócio, é de extrema importância que o todo empreendedor planeje bem como vai desempenhar as funções da empresa. Isso fará com que ele ganhe mais eficiência e segurança quando o negócio estiver andando e evita que problemas o surpreendam. Existem três funções fundamentais de toda empresa que o empreendedor precisa tê-las bem definidas. São elas:
Produção – matéria-prima, transporte, equipamentos, estoque, controle de qualidade e embalagem.
Vendas – vendedores, distribuidores, clientes, preços, promoções, remunerações de funcionários, ajudas de custo e movimentação de produtos ou deslocamento de pessoas para prestação de serviços.
Organização e controle – funcionários, funções básicas, supervisão, além de arquivos, documentos e formulários.
3. Plano de Ação
Essa próxima etapa é a responsável por orientar a programação do novo empreendimento. O plano de ação corresponde às atividades fundamentais, que é como a empresa vai funcionar, quais serão as responsabilidades que precisarão ser assumidas e quem vai cuidar de determinadas tarefas. Ter um cronograma com metas definidas é um bom começo.
Orçamento
Depois de ter tudo bem definido com metas claras e objetivas dentro da cabeça, o empreendedor precisa colocar tudo em números. É necessário fazer um bom orçamento para auxiliá-lo a controlar os gastos.
Orçamento de investimento – É uma lista detalhada dos investimentos que serão feitos para a abertura do negócio, como despesas com o registro da empresa, contador, reforma e benfeitorias, equipamentos, máquinas, móveis, utensílios, material para escritório, matéria-prima ou produtos para estoque inicial e reserva de caixa. Ele serve para reduzir gastos no futuro e para o empreendedor ter controle do quanto foi investido. Assim, ele consegue analisar se os resultados foram compensadores.
Orçamento operacional – É uma previsão de receitas e despesas do novo empreendimento. Estime o quanto (quantidade e preço) se espera vender com o novo negócio. Você precisa usar do bom senso e refletir analisando outros negócios. Estime também o quanto vai gastar para produzir/vender essa quantidade de produto/serviço. Esses gastos variam, mas costumam incluir pelo menos matéria-prima, embalagem, imposto direto e comissões sobre as vendas. Estime também todos os gastos mensais que a empresa terá, como aluguel, salários, contador, taxas de impostos fixas, telefone, água e luz, entre outras. E, por fim, o novo empresário precisa fazer a seguinte dedução: Vendas – custos variáveis – custos fixos = lucro/prejuízo
Orçamento de caixa – É o que completa a entrada e saída de dinheiro. No orçamento operacional, por exemplo, estão as vendas, mas a venda não quer dizer recebimento, porque ela pode ser a prazo. O orçamento de caixa lida exclusivamente com o dinheiro que, efetivamente, entra e sai da empresa. É imprescindível que o empreendedor faça uma lista com todos os pagamentos e todos os recebimentos a serem feitos no decorrer de determinado período. Cada um precisa estar lançado no dia certo. Também é necessário que o novo empresário veja o saldo de caixa antes do primeiro dia e daí em diante comece a fazer os cálculos do dinheiro que entra + saldo do dia anterior – dinheiro que sai = saldo do dia. Isso é o controle do fluxo de caixa. Com todo esse cuidado, o novo empreendimento evitará passar por rombos na conta.
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